A criação de consórcios públicos entre
os municípios, como forma de facilitar a cooperação e ação conjunto entre os
entes municipais, foi debatida nesta segunda-feira (25) na Câmara Municipal de
Muritiba, durante o encontro do Consórcio Intermunicipal de Organaização,
Modernização e Desenvolvimento Sustentável do Recôncavo Baiano (Cirb). O evento
debateu assuntos de interesse dos municípios integrantes do consórcio,
inclusive o projeto da ponte Salvador-Itaparica, e teve entre os palestrantes,
o secretário estadual do Planejamento, José Sérgio Gabrielli. Ele falou das
modificações no Recôncavo baiano desde a Refinaria Landulpho Alves, na década
de 50, e disse que agora a região deve passar por outras mudanças, com a
implantação da Enseada do Paraguaçu. “Será um impacto profundo provocado por um
conjunto de investimentos, nos próximos cinco a dez anos”, ressaltou Gabrielli.
Ponte Salvador-Itaparica
Estiveram
presentes prefeitos e representantes dos municípios de Muritiba, Nazaré, Vera
Cruz, Itaparica, Salinas, Governador Mangabeira, Varzedo, Cabaceiras do
Paraguaçu, Cachoeira, Rafael Jambeiro, São Felipe e Muniz Ferreira. Também
participaram representantes do Governo do Estado, por meio das secretarias
estaduais do Planejamento (Seplan) e do Desenvolvimento Urbano (Sedur), que
apoiam a ação dos municípios. Segundo o titular da Seplan, as mudanças no
tecido urbano de Salvador indicam uma realidade de expansão para a Ilha de
Itaparica, o que torna necessária a criação de mecanismos para essa
transferência. Para ele, a solução mais adequada é a construção da ponte
Salvador-Itaparica.
“A ponte deve ser entendida como parte
de uma redefinição e precisamos potencializar os efeitos positivos e minimizar
os aspectos negativos, sendo necessário, por exemplo, revisar os planos
diretores dos municípios impactados pelo empreendimento”, disse Gabrielli. O
diretor da Seplan, Paulo Henrique de Almeida, apresentou o plano de
desenvolvimento socioeconômico da macro área de influência da ponte
Salvador-Itaparica e levantou alguns questionamentos, a exemplo de como ordenar
a urbanização na Ilha e como proteger outras cidades diretamente impactadas. Para
Almeida, o trabalho em parceria com as prefeituras e os estudos que estão sendo
realizados serão fundamentais para solucionar estas questões de modo adequado. O
chefe de gabinete da Sedur, Eduardo Copello, falou sobre a gestão de resíduos
sólidos. Ele destacou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos “exige
responsabilidades dos municípios e o melhor caminho são os consórcios, sendo
uma das vantagens a economicidade”.
Mídia Recôncavo
Por Mídia Reconcavo
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